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Como construir um planejamento estratégico para a empresa contábil

Assertividade das ações, posicionamento sustentável e diferencial competitivo fazem parte do conjunto de benefícios do planejamento estratégico para a empresa contábil

 

O planejamento estratégico é formado por um conjunto de estratégias e ações voltadas para definir o melhor caminho a ser percorrido por um empreendimento em busca de sustentabilidade e crescimento sólido no mercado. Pode (e deve) ser executado por organizações de qualquer porte e segmento. Contudo, na contabilidade o planejamento estratégico tem uma conotação ainda mais relevante. Afinal, o escritório é o principal assessor dos negócios, sendo imprescindível que tenha sustentabilidade e se apresente como exemplo a ser seguido pelos clientes.

Quando bem elaborado e executado, o planejamento estratégico permite que a empresa contábil atinja um ou mais objetivos, dentro de um contexto previamente analisado. Para isso, é importante que o gestor avalie tanto as forças quanto os pontos que precisam ser otimizados para garantir a sustentabilidade do escritório. Tal nível de intimidade com o empreendimento favorece a tomada de decisões mais assertivas e amparadas por processos e ações estratégicas.

 

Por que fazer o planejamento estratégico

Não importa qual é o cenário econômico em que um empreendimento se encontra. É preciso saber para onde levar o negócio e, assim, elencar as metas e objetivos dentro de períodos previamente estabelecidos (curto, médio e longo prazo). Dito de outra forma, o planejamento estratégico para a empresa contábil pode ser visto como um guia para levar o empreendimento ao sucesso.

Sendo assim, para elaborar esse documento é preciso seguir alguns passos importantes:

 

Passo 1. Diagnóstico

Como está a saúde financeira de seu escritório contábil? O planejamento estratégico traça ações vislumbrando a otimização de todo o corpo organizacional – e claro, o financeiro, principalmente. Portanto, é fundamental que o gestor compreenda quais são as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de sua empresa. Para auxiliar o diagnóstico, o contador pode usar dois modelos conceituais: Matriz Swot e as 5 Forças de Porter.

 

Matriz Swot

Essa ferramenta, também conhecida como Análise FOFA, permite que o gestor contábil levante as informações sobre o próprio negócio e o ambiente no qual ele está inserido. O conceito Swot é formado pelas expressões do inglês:

  • Strengths (forças): aqui o olhar se volta para dentro do escritório contábil. É preciso levantar quais são os pontos fortes que permitem a manutenção da competitividade e sustentabilidade. Por exemplo: infraestrutura, equipes multidisciplinares, maturidade digital, entre outros pontos-chave;
  • Weaknesses (fraquezas): ainda pensando internamente, a contrapartida das forças são as fraquezas, ou os pontos que podem desestabilizar a empresa contábil e que precisam ser melhorados;
  • Opportunities (oportunidades): agora é o momento de o gestor da contabilidade analisar o cenário externo. Ou seja, tudo o que não pode ser diretamente controlado pelo escritório, mas que pode ser usado para potencializar o negócio: concorrência, mudança no comportamento dos clientes, situação política e socioeconômica, por exemplo;
  • Threats (ameaças): também se referem ao cenário externo da contabilidade. Porém, as ameaças fazem parte do conjunto de fatores que não podem ser controlados ou alterados, embora afetem diretamente o negócio (como foi o caso da pandemia covid-19, por exemplo).

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5 Forças de Porter

As 5 Forças de Porter formam outra importante ferramenta para a elaboração do planejamento estratégico para a empresa contábil. O conceito foi criado pelo professor da Universidade de Harvard Michael Porter e apresentado em 1979, no artigo “As cinco forças competitivas que moldam a estratégia”, publicado pela revista Harvard Business Review. No documento, Porter elenca os aspectos ligados à competitividade de um negócio:

  • Rivalidade entre os concorrentes;
  • Entrada de novos concorrentes;
  • Produtos substitutos;
  • Poder de negociação dos clientes;
  • Poder de negociação dos fornecedores.

 

Passo 2. Identidade

Após levantar todos os pontos-chave para o desenvolvimento do negócio, o próximo passo do planejamento estratégico para a empresa contábil é a definição da missão, visão e valores que permitam ao negócio ser único e se diferenciar no mercado. Esses conceitos formam a filosofia do escritório, são declarados publicamente, determinam o propósito e orientam a tomada de decisão e estratégias.

Mas fique atento: todas as atitudes da empresa como um todo e as ações planejadas devem estar alinhados à missão, à visão e aos valores definidos, para que o escritório seja verdadeiramente coerente com o que prega. Esses três itens devem ser colocados em prática, ou serão apenas palavras bonitas que enfeitam o site ou a recepção do escritório.

 

Passo 3. Metas e indicadores

Para que a jornada da empresa contábil seja equilibrada, é preciso definir as metas e objetivos que vão determinar o sucesso empresarial. Além disso, para acompanhar tudo o que está acontecendo, o contador deve estabelecer indicadores que vão dar suporte à gestão.

Objetivo: trata-se do propósito ao qual o escritório se dispôs a chegar. Seja expandir a carteira de clientes, executar um novo projeto ou apresentar um novo serviço para o mercado, os objetivos dão o norte para o desenvolvimento da empresa contábil.

Metas: elas são a quantificação dos objetivos. Portanto, dentro do planejamento estratégico para a empresa contábil, as metas são temporais. Formam um conjunto de ações e tarefas que devem ser executadas diariamente, semanalmente e mensalmente, sempre direcionadas à obtenção dos objetivos.

Indicadores: os indicadores são um guia para as ações cotidianas. Expressam, por exemplo, o desempenho e qualidade dos processos e o trabalho das equipes.

 

Passo 4. Plano de ação

Depois de o gestor contábil ter conhecimento sobre o próprio negócio, saber quais são as forças e fraquezas e traçar os objetivos e metas temporais, chega o momento de colocar tudo em prática. E isso deve ser feito com estratégias específicas para cada meta. Além disso, é preciso definir quem será o responsável por qual ação e criar um cronograma de metas a serem alcançadas. Tarefas mais simples e urgentes podem ser executadas em primeiro lugar. No plano de ação, as lideranças devem sempre resgatar junto às equipes os objetivos, missão, visão e valores da empresa contábil.

 

Passo 5. Acompanhamento

Com o escritório funcionando de acordo com o planejado, o gestor deve acompanhar periodicamente como cada área está operando. Nessa etapa indica-se a realização de reuniões periódicas, inclusive envolvendo todo o time para que o acompanhamento seja feito de forma colaborativa. O importante aqui é o contador compreender que o planejamento estratégico não é um processo engessado. Por isso, à medida que as ações vão acontecendo, análises devem ser feitas, processos podem ser reestruturados e, inclusive, os indicadores podem dar suporte para uma transformação geral na gestão do escritório.

Ao longo de toda a definição do planejamento estratégico para a empresa contábil, as pessoas devem ser envolvidas para que novas ideias surjam e reflitam em bons resultados empresariais. O planejamento sofre influências externas e de comportamento em geral (dos clientes, do setor, das políticas fiscais, por exemplo). Assim, a cultura organizacional deve estar aberta a mudanças e o contador, preparado para agir de maneira estratégica e direcionar o negócio para o caminho mais sustentável.

 

E como o planejamento estratégico deve ser feito periodicamente (semestralmente ou anualmente), permite que o gestor contábil desenvolva sua maturidade de gestão e, assim, esteja mais preparado para enfrentar as oscilações – positivas ou negativas – do mercado.

 

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